"O papel da mulher é sempre indissociável do seu estatuto sociológico em qualquer sociedade e organização, e no caso vertente, na nossa Igreja. Compreender os enquadramentos históricos a as vicissitudes do passado é dotarmo-nos de ferramentas para projectarmos o futuro.O estatuto da mulher na sociedade judaica no tempo de Jesus (como em outras sociedades tradicionais que hoje perduram), era determinado pela família como lugar claramente definido em termos sociais e sexuais. A família é sempre o centro – a mulher é identificada com a videira fecunda... ou como a estéril, um estigma social desvalori-zante. O papel da mulher é assegurar a reprodução, educar os filhos e manter a casa através dos trabalhos domésticos. Não se pede mais nada às mulheres do que se submetam ao poder de uma sociedade fortemente patriarcal. Os exemplos abundam no Antigo Testamento! Mas este estatuto feminino sofre ainda de uma ambiguidade metafórica inicial desde o Génesis: Eva é a primeira mulher, auxiliar igual de Adão, mas também é apresentada como a tentadora pela qual o mal veio ao mundo, segundo o relato do mito bíblico da origem. Aí está um primeiro modelo de desvalorização feminina produzido pelo discurso masculino da culpa e do mal."
In Ecclesia
"As mulheres casadas estejam sujeitas a seus maridos como ao Senhor. Porque o marido é a cabeça da mulher, como Cristo é cabeça da Igreja "
S. Paulo
Depois de muito ouvir e ler, nos ultimos dias, resta constatar que a hipocrísia continua a reinar no seio da igreja católica. Nos tempos que correm pretendia-se por parte da igreja um papel conciliador, ao contrário o seu representante maximo no nosso país, lançou mais umas "achas para a fogueira" advertindo as jovens para o perigo de casamentos com muculmanos.
Todos sabemos o papel atríbuido à mulher pela religião. Em certas zonas do país as mulheres, são discriminadas em relação aos seus maridos, ficando mal vistas se frequeentarem cafés ou fumarem em público. Os maridos ainda recorrem aos serviços de prostitutas pois as suas esposas são só as mães dos seus filhos.
Somos bombardiados a toda a hora pelo mal que é o Islão desde pseudo-atentados contra certas torres e esquecemo-nos que a igreja católica está cheia de segredos vergonhosos ao longo da sua história de dois milénios. Já era tempo de praticarem aquilo que apregoam.
5 comentários:
Já existem mulheres polícias, bombeiras, ministras, médicas, advogadas, só não podem existir sacerdotizas (ou padras - madres não que isso é das freiras). Esta realidade diz tudo acerca duma Igreja que nunca viu com bons olhos o fim da Idade Média.
Um abraço muito homem
Sou contra todos os fundamentalismos, sejam eles católicos, muçulmanos, xiitas, sunitas, etc.,etc...
Em todas as religiões existem coisas boas e más e, todas elas têm telhados de vidro, é mesmo por isso que não acredito em nenhuma...
Um abraço
Compadre Alentejano
Mariazinha,
As religiões são das piores coisas que existem. Das piores!
Beijos,
Zorze
“A mulher está em sujeição por causa das leis da natureza, mas é uma escrava somente pelas leis da circunstância…A mulher está submetida ao homem pela fraqueza de seu espírito e de seu corpo…é um ser incompleto, um tipo de homem imperfeito [...] A mulher é defeituosa e bastarda, pois o princípio ativo da semente masculina tende à produção de homens gerados à sua perfeita semelhança. A geração de uma mulher resulta de defeitos no princípio ativo” ( Tomás de Aquino, Summa Theologica, Q92, art. 1, Reply Obj. 1)
Mais uma.
Amiga, excelente esta teu artigo na realidade a mulher sempre sofreu e continua a sofrer Claro que as situações são hoje bem mais suaves para as mulheres do que eram á uns anos atrás. Quanto a mim só me recorda dizer..A religião é o ópio dos povos..
Tudo de bom para o ano 2009
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