Vamos

domingo, julho 26, 2009

If you don't know, say no !



Cavaco anda esperançado.
Só que os Irlandeses não são moles e para eles um não será sempre um NÃO.
Este tratado que tão mau nome dá a Lisboa não passa de de um tratado de meia dúzia de crápulas e contra os cidadãos.


O aprofundamento do neoliberalismo

"Este novo Tratado não devolve soberania aos Estados-membros e não inverte o processo de aproximação da União Europeia a um modelo neoliberal de capitalismo. Pelo contrário. Afecta a soberania do país em pontos centrais, aprofunda o centralismo das decisões em torno dos seis maiores países (Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Polónia e Espanha), aprofunda o neoliberalismo e reduz ao mínimo os direitos sociais, dando resposta às reivindicações do capital europeu.

Este Tratado mantém todos os aspectos negativos das políticas neoliberais que já conhecemos, e agrava-as, dando-lhes uma visão ainda mais liberal, com os protocolos que são parte integrante do próprio Tratado, seja sobre a política de concorrência que «não deve ser falseada», expressão que também constava da dita constituição europeia, seja sobre os chamados Serviços de Interesse Económico Geral. A leitura conjunta destes artigos só pode ter uma interpretação: sujeitar a maioria dos serviços públicos à política de concorrência e ao mercado interno, ou seja, facilitar a vida aos grupos privados que querem apropriar-se da generalidade dos serviços públicos, aprofundando o que está a acontecer com as liberalizações nos transportes, correios, energia, telecomunicações, serviços financeiros, etc.

Aí aparecem também, a propósito do Artigo 104.º do Tratado, relativo ao funcionamento da União Europeia, as declarações da Conferência Intergovernamental sobre a Estratégia de Lisboa e o Pacto de Estabilidade, insistindo nas políticas que estão a ser praticadas, com as consequências conhecidas. Sabemos o que significa controlo do défice orçamental: corte nos salários reais e nas pensões e reformas, menores investimentos públicos, incluindo na saúde e educação públicas, mais liberalizações/privatizações, com maiores ganhos para grupos económicos privados, e as graves consequências visíveis no desemprego, o qual alimenta o trabalho precário e os baixos salários.
Igualmente, a propósito da política monetária, não só se mantêm os poderes conferidos ao Banco Central Europeu, como se admite que se possa ir mais longe, «conferindo-lhe atribuições específicas no que diz respeito às políticas relativas à supervisão prudencial das instituições de crédito e outras instituições financeiras, com excepção das empresas de seguros ...".

In "O militante"

quinta-feira, julho 23, 2009

Palavras para quê?? É um artista Português

Imagem gamada ao Kaos


«Está para nascer um primeiro-ministro que faça melhor no défice do que eu»
«a acção do Governo é mais apreciada no estrangeiro do que aqui»

José Socrates - Inginhero

segunda-feira, julho 20, 2009

O meu Gerónimo


O meu gatinho faz hoje 3 anos

Tenho a certeza que ele é um anjo!


Os animais foram
imperfeitos,
compridos de rabo, tristes
de cabeça.
Pouco a pouco se foram
compondo,
fazendo-se paisagem,
adquirindo pintas, graça, vôo.
O gato,
só o gato
apareceu completo
e orgulhoso:
nasceu completamente terminado,
anda sozinho e sabe o que quer.
O homem quer ser peixe e pássaro
a serpente quisera ter asas,
o cachorro é um leão desorientado,
o engenheiro quer ser poeta,
a mosca estuda para andorinha,
o poeta trata de imitar a mosca,
mas o gato
quer ser só gato
e todo gato é gato
do bigode ao rabo,
do pressentimento à ratazana viva,
da noite até os seus olhos de ouro.
Não há unidade
como ele,
não tem
a lua nem a flor
tal contextura:
é uma coisa só
como o sol ou o topázio,
e a elástica linha em seu contorno
firme e sutil é como
a linha da proa
de uma nave.
Os seus olhos amarelos
deixaram uma só
ranhura
para jogara as moedas da noite
Oh pequeno
imperador sem orbe,
conquistador sem pátria
mínimo tigre de salão, nupcial
sultão do céu
das telhas eróticas,
o vento do amor
na intempérie
reclamas
quando passas
e pousas
quatro pés delicados
no solo,
cheirando,
desconfiando
de todo o terrestre,
porque tudo
é imundo
para o imaculado pé do gato.
Oh fera independente
da casa, arrogante
vestígio da noite,
preguiçoso, ginástico
e alheio,
profundíssimo gato,
polícia secreta
dos quartos,
insígnia
de um
desaparecido veludo,
certamente não há
enigma
na tua maneira,
talvez não sejas mistério,
todo o mundo sabe de ti e pertence
ao habitante menos misterioso,
talvez todos acreditem,
todos se acreditem donos,
proprietários, tios
de gatos, companheiros,
colegas,
discípulos ou amigos
do seu gato.
Eu não.
Eu não subscrevo.
Eu não conheço o gato.
Tudo sei, a vida e seu arquipélago,
o mar e a cidade incalculável,
a botânica,
o gineceu com os seus extravios,
o pôr e o menos da matemática,
os funis vulcânicos do mundo,
a casaca irreal do crocodilo,
a bondade ignorada do bombeiro,
o atavismo azul do sacerdote,
mas não posso decifrar um gato.
Minha razão resvalou na sua indiferença,
os seus olhos têm números de ouro.

Pablo Neruda

domingo, julho 19, 2009

Era uma vez...



Era uma vez uma empresa...

Havia uns senhores que faziam casinhas e tinham muito dinheiro mas queriam mais.
Para isso convidaram outros senhores e fizeram uma sociedade de construção de casinhas. Uns tinham os terrenos os outros tinham os tijolos,o cimento e as influências.
Decidiram então comprar mais uma empresa a meias.
A eles juntaram-se algumas das tais influencias dignas da total confiança,afinal quem não acreditaria num ex-ministro ou num administrador de um banco estatal.
Fizeram algumas obras para refrescar o visual e finalmente o estaminé foi devidamente inaugurado com pompa e circunstância e claro não podia faltar a lagosta servida em salva de prata acompanhada com o respectivo Moêt.
Passada a festarola pediram colaboração aos trabalhadores,fizeram-se promessas e tudo corria sobre rodas.
Os directores tinham ordenados de ministros,tinham carrinhos alugados pagos pela empresa, faziam festarolas “patrocinadas” pela empresa,era uma maravilha dava para tudo!
Quiseram mais e assim fizeram,mais uma empresa e assim nasceu o tal grupo.
Mais festas,festarolas e jantaradas sempre bem frequentadas.
O futuro prometia e as intenções eram as melhores.
Como era o tijolo que estava a dar,os abutres que sabem-na toda começaram a rondar venha mais outra empresa, esta “dada” de mão beijada como o melhor negócio do mundo!
Coitados nem eles sabiam o que estava para acontecer…
Os tais directores levavam uma vida de lordes,de manhã liam os jornais da véspera, depois os do dia,a seguir iam almoçar e tratar dos negócios privados. Á tarde chegavam faziam meia dúzia de telefonemas,arrumavam a secretária e “ala que é cardume”.
Os pacóvios dos trabalhadores que trabalhem que é para isso que são pagos…
Depois foi o 11 de Setembro e a crise avançou com pezinhos de lã.
O tijolo começou a acumular e os Americanos com medo e deixaram de vir.
Já não se vendiam casinhas o lucro para pagar políticos acabou e os favorzinhos deixaram-se de fazer.Era vê-los a debandar…
Os Pá-Tós ( patos bravos) deixaram de poder oferecer lagostas,tiveram que vender uma das empresas à pressa e os
ex-ministros, ex-administradores bancários começaram a zarpar de fininho.O Pá-tó mais novo encheu-se de dívidas e começou a arrastar os sócios.
“Caros colaboradores este ano não há aumentos para ninguém,ou querem ordenados ou aumentos, escolham!”
A crise veio em força e agora???
Os trabalhadores começaram a receber os ordenados tarde e a más horas com os cheques devidamente traçados mas os directores continuam a ler os jornais!
É uma empresa portuguesa com certeza!

Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência

segunda-feira, julho 13, 2009

"Aromas do Alentejo"


Aromas do Alentejo recriados em novo perfume francês

Vários aromas naturais do Alentejo, como os de citrinos, alecrim, mirra e esteva, deram origem ao novo perfume «Jardim d´Évora», produzido em França e que é lançado dia 25 em Évora
O novo perfume feminino, cujo lançamento vai ter lugar durante um evento cultural junto ao Tempo Romano, é fruto de uma parceria entre as cidades de Évora e de Chartres (França), que estão geminadas.
A criação e a produção de perfumes são as principais actividades industriais da cidade francesa, onde está sedeado o «Cosmetic Valley», pólo mundial da perfumaria e da cosmética, com alguns dos maiores fabricantes do sector.

Ah porra d'um cabrão, temos cherinho !!!

domingo, julho 12, 2009

Os ministros PS



Há suspeitas de que o Estado foi prejudicado no negócio de alargamento do prazo de exploração do terminal de contentores de Alcântara, em Lisboa. De acordo com a edição, deste domingo, do Correio da Manhã, o acordo com a Liscont, assinado pelo ministro Mário Lino, vai ser investigado pelo Ministério Público.

É sempre assim quando sentem os calos apertados,toca de vir a público os rumores depois como toda sujidade,com actuação milagrosa do sistema dissipa-se toda a sujidade, o algodão não engana!
O Estado somos todos nós que trabalhamos todos os dias para pagar os salários milionários a quem nos lixa a toda a hora.
Eu já não acredito na justiça, tudo é comprável neste país de saloios*

*Xico-espertos

segunda-feira, julho 06, 2009

La folie



Porque todos precisamos de loucura,tomem lá esta verdadeira pérola dos oitenta.
A letra é fenomenal!

La Folie

Bonsoir
Ton vehicule n'a pas l`air d`avoir de passager
Peux-tu: Veux tu me recevoir
Sans trop te deranger?
Mes bottes ne feront pas trop d`echos dans ton couloir
Pas de bruit avec mes adieux
Pas pour nous les moments perdus
En attendant un uncertain au-revoir
Parce que-j'ai la folie, oui c'est la folie
Il etait une fois un etudiant
Qui voulait fort, comme en literature
Sa copine, elle etait si douce
Qu'il pouvait presque, en la management
Rejeter tous les vices
Repousser tou les mals
Detruire toutes beautes
Qui par ailleurs, n'avait jamais ete ses complices
Parces qu'il avait la folie, oui, c'est la folie
Et si parfois l'on fait des confessions
A qui les raconter - meme le bon dieu nous a laisse tomber
Un autre endroit, une autre vie
Eh oui, c'est une autre histoire
Mais a qui tou raconter?
Chez les ombres de la nuit?
Au petit matin, au petit gris
Combien de crimes ont ete commis
Contre les mensonges et soi disant les lois du coeur
Combien sont la a cause de la folie
Parce qu'il ont la folie

domingo, julho 05, 2009

Jeronimooooooooooooooo!


Jerónimo de Sousa acusou o Governo de José Sócrates de apenas exigir sacrifícios àqueles que menos têm, enquanto os senhores alcançam lucros escandalosos.
«Afinal a crise não é para todos, é para quem trabalha, vive da sua reforma, pensão ou pequeno rendimento. Para os senhores é a vara larga e muitos deles deviam era estar presos, tendo em conta aquilo que fizeram na banca e em termos de corrupção. Sócrates nunca explicou ao povo, e devia explicar, porque é que, num quadro de crise ou mesmo de combate ao défice, exigiu sacrifícios apenas àqueles que menos têm e menos podem.»


Não podia estar mais de acordo,uma vez que Socrates vive no país das maravilhas, cabe aos partidos esclarecer o povo, desmascarar a sua política ruinosa que serve cada vez mais os lobbies e os grandes interesses da banca. Cabe a Jerónimo denunciar mas tambem "abrir" as portas do partido e promover a discussão para que a opinião de todos conte.