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domingo, julho 19, 2009

Era uma vez...



Era uma vez uma empresa...

Havia uns senhores que faziam casinhas e tinham muito dinheiro mas queriam mais.
Para isso convidaram outros senhores e fizeram uma sociedade de construção de casinhas. Uns tinham os terrenos os outros tinham os tijolos,o cimento e as influências.
Decidiram então comprar mais uma empresa a meias.
A eles juntaram-se algumas das tais influencias dignas da total confiança,afinal quem não acreditaria num ex-ministro ou num administrador de um banco estatal.
Fizeram algumas obras para refrescar o visual e finalmente o estaminé foi devidamente inaugurado com pompa e circunstância e claro não podia faltar a lagosta servida em salva de prata acompanhada com o respectivo Moêt.
Passada a festarola pediram colaboração aos trabalhadores,fizeram-se promessas e tudo corria sobre rodas.
Os directores tinham ordenados de ministros,tinham carrinhos alugados pagos pela empresa, faziam festarolas “patrocinadas” pela empresa,era uma maravilha dava para tudo!
Quiseram mais e assim fizeram,mais uma empresa e assim nasceu o tal grupo.
Mais festas,festarolas e jantaradas sempre bem frequentadas.
O futuro prometia e as intenções eram as melhores.
Como era o tijolo que estava a dar,os abutres que sabem-na toda começaram a rondar venha mais outra empresa, esta “dada” de mão beijada como o melhor negócio do mundo!
Coitados nem eles sabiam o que estava para acontecer…
Os tais directores levavam uma vida de lordes,de manhã liam os jornais da véspera, depois os do dia,a seguir iam almoçar e tratar dos negócios privados. Á tarde chegavam faziam meia dúzia de telefonemas,arrumavam a secretária e “ala que é cardume”.
Os pacóvios dos trabalhadores que trabalhem que é para isso que são pagos…
Depois foi o 11 de Setembro e a crise avançou com pezinhos de lã.
O tijolo começou a acumular e os Americanos com medo e deixaram de vir.
Já não se vendiam casinhas o lucro para pagar políticos acabou e os favorzinhos deixaram-se de fazer.Era vê-los a debandar…
Os Pá-Tós ( patos bravos) deixaram de poder oferecer lagostas,tiveram que vender uma das empresas à pressa e os
ex-ministros, ex-administradores bancários começaram a zarpar de fininho.O Pá-tó mais novo encheu-se de dívidas e começou a arrastar os sócios.
“Caros colaboradores este ano não há aumentos para ninguém,ou querem ordenados ou aumentos, escolham!”
A crise veio em força e agora???
Os trabalhadores começaram a receber os ordenados tarde e a más horas com os cheques devidamente traçados mas os directores continuam a ler os jornais!
É uma empresa portuguesa com certeza!

Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência

2 comentários:

opinião própria disse...

Onde é que eu já ouvi esta história?

Marreta disse...

Ia apontar um nome, mas depois lembrei-me de mais umas 500 e tal empresas iguais... e lembrei-me que era mais fácil apontar um país.

Saudações do Marreta.