Quem será o gajo que fica com a compaticipação Comunitária?
Vamos
terça-feira, fevereiro 20, 2007
domingo, fevereiro 18, 2007
People are strange when you're a stranger
Faces look ugly when you're alone
Women seem wicked when you're unwanted
Streets are uneven when you're down
When you're strangeFaces come out of the rain
When you're strangeNo one remembers your name
When you're strange
When you're strange
When you're strange
Jim Morrisson é um dos meus cantores / autores preferidos. A sua tumultuosa existência sempre me intrigou. Viveu no limite e do que ele menos precisava era de fama. Será que vale a pena ser famoso? Como se lida com a fama quando se é "famoso"? Deve ser complicado atender a todas as expectativas . Jim viveu sempre acompanhado de uma solidão imensa. As drogas e o alcool fizeram-no corresponder às expectativas. Citando Jim acerca do medo:
"A primeira vez que descobri a morte…eu, os meus pais e os meus avós, íamos de automóvel no meio do deserto ao amanhecer. Um caminhão carregado de índios tinha chocado com outra viatura e havia índios espalhados por toda a auto-estrada sangrando. Eu era apenas um miúdo e fui obrigado a ficar dentro do automóvel enquanto os meus pais foram ver o que se passava. Não consegui ver nada – para mim era apenas tinta vermelha esquisita e pessoas deitadas no chão, mas sentia que alguma coisa se tinha passado, porque conseguia perceber a vibração das pessoas à minha volta, então de repente apercebi-me que elas não sabiam mais do que sobre o que tinha acontecido. Esta foi a primeira vez que senti medo...e eu penso que nessa altura as almas daqueles índios mortos – talvez de um ou dois deles – andavam a correr e aos pulos e vieram parar à minha alma, e eu apenas como uma esponja, ali sentado a absorvê-las."
Que saudades Jim.
sexta-feira, fevereiro 09, 2007
domingo, fevereiro 04, 2007
Álvaro Cunhal nasceu em Coimbra (na freguesia da Sé Nova) a 10 de Novembro de 1913, filho de pai liberal e republicano e de mãe católica fervorosa.
Álvaro Cunhal frequentou a escola primária mas abandonou-a logo ao fim do primeiro dia de aulas. Passando a ser directamente ensinado pelo pai - que aceitou o acto de rebeldia. Com 11 anos Cunhal mudou-se com a família para Lisboa, onde fez os seus estudos secundários.
Álvaro Cunhal iniciou a sua actividade revolucionária enquanto estudante na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Em 1931, com apenas 17 anos, filia-se no Partido Comunista Português, integra então a Liga dos Amigos da URSS e o Socorro Vermelho Internacional. Em 1934, é eleito representante dos estudantes no Senado Universitário. Forma-se em direito em 1935 e no mesmo ano é eleito secretário-geral da Federação das Juventudes Comunistas. Em 1936, após uma visita à URSS, é cooptado para o comité central do partido Comunista.
Ao longo da década de 30, Cunhal foi colaborador de vários jornais e revistas como na Seara Nova, e nas publicações clandestinas do PCP, o Avante e o Militante, onde escreveu artigos de intervenção política e ideológica.
Em 1940, Cunhal é escoltado pela polícia à Faculdade de Direito, onde apresenta a sua tese de doutoramento, sobre a temática do aborto e a sua despenalização o que era já alvo muito avançado para a época em questão. Apesar do ambiente pouco propício, a sua tese foi classificada com 16 valores (num máximo de 20 possíveis).
Em 1962 é enviado pelo PCP para o estrangeiro, primeiro para Moscovo, depois para Paris. Ocupou o cargo de secretário-geral do Partido Comunista Português, sucedendo a Bento Gonçalves de 1961 a 1992, tendo sido substituído por Carlos Carvalhas.
Em 1968 Álvaro Cunhal presidiu à Conferência dos Partidos Comunistas da Europa Ocidental, o que é revelador da influência que já nessa altura detinha no movimento comunista internacional. No dito encontro, mostrou-se um dos mais firmes apoiantes da invasão da então Checoslováquia pelos tanques do Pacto de Varsóvia, ocorrida nesse mesmo ano.
Após 25 de Abril
Além das suas funções na direcção partidária, foi romancista e esteta, escrevendo sob o pseudónimo de Manuel Tiago que ele só revelou em 1995.
Nos últimos anos da sua vida sofreu de glaucoma, acabando por cegar. Faleceu em 13 de Junho de 2005, em Lisboa, o seu funeral foi em 15 de Junho de 2005, onde participaram mais de 250.000 pessoas. O seu corpo foi cremado, em cumprimento da sua última vontade.
Deixou como descendência uma filha, Ana Cunhal, nascida em 25 de Dezembro de 1960, fruto da sua relação com Isaura Maria Moreira.
Álvaro Cunhal fica na memória como um revolucionário que nunca abdicou, ao contrario de outros, do seu ideal. Durante o seu exílio na URSS, houve quem pensasse que por causa da sua modestia e da sua recusa dos priveligios que lhe eram concedidos, ele era a reincarnação de Lenine.
- No discurso de posse como ministro das Finanças
- Sobre a neutralidade portuguesa