"Contestarei o caso até ao fim. O Conselho Educativo, ao permitir que mulheres casadas ensinem ao mesmo tempo que as proíbe de cumprirem uma função fundamental do casamento, está a agir de forma ilegal.
É absolutamente imoral e não será apoiado por nenhum tribunal.
Em nenhum lado se pode proclamar a maternidade como uma negligência do dever.
É permitido às mulheres casadas ensinarem nas escolas públicas, mas negasse-lhes tempo para que tenham filhos."
Num período de dois anos, entre 1913 e 1915, a América seguiu atentamente uma dura batalha judicial que haveria de mudar radicalmente a forma como as mulheres eram encaradas nos locais de trabalho.Uma professora de Nova Iorque fora despedida a 22 de Abril de 1913 por estar grávida, com as autoridades escolares a defenderem o despedimento com base em “negligência do dever com o propósito de dar à luz”.
Numa atitude rara para a época, a professora não aceitou a decisão dos seus superiores e levou o caso para tribunal. Dois anos depois, o processo acabaria por instituir as bases de um direito que alastraria por todo o globo: a licença de parto.
Esta professora, pioneira na luta pelos direitos laborais das mulheres chamava-se Bridget Peixotto e era membro da comunidade de judeus nova-iorquinos de ascendência portuguesa.
In ruadajudiaria - Nuno Guerreiro Josué
3 comentários:
Mariazinha!
Graças a mulheres como estas a luta por igualdades têm histórias de superação e coragem e a quem devemos nossas homenagens e reconhecimento. Belíssímo post.
Beijos.
Hermoso post, mi nueva amiga.
Me encanta que coincidamos en el gusto de un genio como Freddy.
Beijos y te espero siempre!
E não é um pouco isto que continua a acontecer em Portugal? Ok, agora não se diz expressamente que se despede uma mulher por estar grávida, mas opta-se por homens ou por mulheres que não estejam em idade fértil! Não foi isso que aconteceu no BCP e em muitos outros Bancos durante muitos anos? E será que não continua a acontecer?
Aquele abraço infernal!
Enviar um comentário